A Ginástica Rítmica surgiu na Europa central, de uma corrente a favor da prática desportiva para a mulher. Esta “ginástica moderna“ como era conhecida no começo, não é mais do que a síntese de uma diversidade de métodos. (BERRA, 1997).
De acordo com Molinari (2008), um dos primeiros relatos acerca do princípio da atividade física associada ao ritmo vem de Russeau (1712-1778), que realizou um estudo sobre o desenvolvimento técnico e prático da ginástica para a educação infantil.
O lado artístico da ginástica rítmica teve suas raízes lançadas por François Delsarte (1811-1871), que caracterizou o seu trabalho pela busca da expressão dos sentimentos através dos gestos corporais. (MADUREIRA, 2008).
Madureira (2008, p. 2), nos diz que o compositor e pedagogo alemão Rudolf Bode (1881-1971), considerado criador da ginástica rítmica, em 1911, fundou uma escola em Munique e desenvolveu um sistema cujo objetivo era demonstrar através dos movimentos os diversos estados emocionais do indivíduo.
Segundo a Federação Internacional de Ginástica a primeira aparição da ginástica de aparelho foi nos jogos Olímpicos de Estocolmo em 1912 e foi associada à ginástica feminina. Dez ginastas francesas apresentaram em 1948 uma composição com véus. Em 1956 a ginástica incluiu pela primeira vez exercícios de conjunto.
Ainda segundo a Federação Internacional de Ginástica em 1963 em Budapeste, com dez países participantes incluíram-se no programa, duas provas por conjunto: um exercício realizado com as mãos livres e um encadeamento com arco e bola, surgindo a partir daí a comissão internacional para organizar o conteúdo técnico e dar identidade a esta modalidade. E assim nasceu a idéia dos movimentos obrigatórios.
A federação rege a ginástica definindo a programação e as regras técnicas, além de organizar campeonatos mundiais e continentais. (BERRA, 1997).
O código oficial de pontuação internacional surgiu em 1970, e foi decidido pela Comissão Técnica, no Congresso da Federação Internacional de Ginástica em 1968. (BERRA, 1997).
Segundo a FIG em 1984, a GRD (Ginástica Rítmica Desportiva) foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e introduzida nos Jogos Olímpicos daquele ano. Em 2004, na Olimpíada de Atenas, na Grécia, a Rússia confirmou sua liderança na modalidade, classificando-se em primeiro lugar, seguido da Itália em segundo e Bulgária na terceira posição.
No Brasil a ginástica rítmica (GR) foi introduzida pela Professora Ilona Peuker, da Hungria, em 1950, quando ministrou vários cursos para profissionais da educação. Essa professora formou a primeira equipe competitiva de GR chamada Grupo Unido de Ginastas (GUG). O país participou, pela primeira vez, em um campeonato mundial com uma ginasta dessa equipe, a ginasta Daisy Barros em 1971, na Dinamarca. As integrantes desse grupo, posteriormente, difundiram a GR pelo Brasil. (BERRA, 1997).
Após a criação da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), no ano de 1978, a modalidade começou a evoluir em nosso país, devido aos resultados obtidos na classificação de ginastas brasileiras para disputarem os Jogos Olímpicos em 1984 nos Estados Unidos e em 1988 nas Olimpíadas da Coréia. (BERRA, 1997).
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