A aptidão física relacionada à saúde refere-se aos componentes de aptidão física que estão associados com a promoção da saúde ou a prevenção de doenças, com melhor desempenho nas atividades diárias e/ou esportes. (WINNICK & SHORT, 2001).
Segundo Nahas (2003), os componentes da aptidão física relacionada a saúde são: força e resistência muscular, flexibilidade, resistência aeróbica, composição corporal, agilidade, equilíbrio, velocidade e resistência anaeróbica.
Quando se trata dos benefícios dos exercícios regulares, geralmente se dá mais ênfase ao aumento do condicionamento cardiorrespiratório do que ao potencial de melhora de saúde e de prevenção de doenças. Entretanto, os exercícios de intensidade moderada podem trazer muitos benefícios à saúde: melhora da densidade óssea, tolerância a glicose, diminuição dos fatores de risco (obesidade, hipertensão, diabetes), redução da taxa de mortalidade por problemas cardiovasculares. (FARDY, 2001).
O exercício físico reduz o risco de cardiopatia coronariana: reduz a quantidade de gordura no sangue; fortalece o músculo cardíaco; desenvolve a circulação colateral; e reduz o estresse emocional. (ALLSEN, HARRISON & VANCE, 2001).
Até o início dos anos 1990, o treinamento resistido (também chamado de “treinamento de força, com pesos, contra-resistência” ou “musculação”) não era contemplado em diretrizes internacionais. No entanto, nos últimos anos, essa modalidade passou a ser considerada como uma possível estratégia para prevenção primária e secundária de diferentes cardiopatias. Além disso, diversas pesquisas têm sugerido que o exercício resistido, quando prescrito e supervisionado de forma apropriada, apresenta efeitos favoráveis em diferentes aspectos da saúde (força muscular, capacidade funcional, bem-estar psicossocial, além de impacto positivo sobre fatores de risco cardiovasculares). (UMPIERRE & STEIN, 2007).
A prescrição de exercícios requer uma avaliação completa do paciente. Os dados do paciente podem ser obtidos tanto pelas medidas físicas como por meio de questionários e entrevistas pessoais (geralmente fornecem informações mais detalhadas e permitem perguntas de acompanhamento. (FARDY, 2001).
Segundo os mesmos autores pode ser questionados fatores como: histórico do estilo de vida, história do paciente, limitações físicas, atividades preferidas, tolerância ao exercício, metas e objetivos. A melhor forma de avaliar o condicionamento cardiopulmonar é media a capacidade aeróbica ou o consumo máximo de oxigênio.
Para Kempf & Reuss (2000), a reabilitação cardiovascular divide-se em três fases:
-Fase de adaptação: em que há uma adaptação ou ambientação com a finalidade, adaptação lenta ás atividades físicas e avaliação da capacidade individual do reabilitado para seguir com o treinamento. Nesta fase acontece o conhecimento, e o entrosamento de alunos e professores; Fase de Estruturação: é uma fase que demora alguns meses, pois tem objetivos de melhorar a capacidade cardiopulmonar e a economia nos movimentos. Nesta fase é estimulada a dinâmica de grupos e a capacidades de percepção; Fase de estabilização: tem objetivo de determinar o exercício e treinamento em longo prazo e também para estabelecer atividades de lazer, sociais e físicas. Segundo o autor, esta fase visa à integração social, pois para a maioria dos pacientes encontram motivação para realizar as atividades propostas, além disso, há a busca de novos integrantes para o grupo.
Já, para Barreto (2005), a reabilitação cardiovascular está dividida em fases e inicia-se no período intra-hospitalar:
-Fase I: inicia-se ainda na unidade coronariana, consiste em atividades de baixo nível e limitadas, isso inclui as atividades como banho, dentar-se á cadeira. Esse processo geralmente é realizado pela equipe de enfermagem e fisioterapia, com o intuito de preparar o paciente para as atividades físicas habituais. Após sair do hospital, o paciente e familiares são informados sobre os fatores de risco, e a importância das mudanças habituais; Fase II: esta fase de preferência deve ser realizada no ambiente hospitalar, com acompanhamento médico, além de o paciente realizar atividades físicas monitorado, ele deverá se auto-monitorar; Fase III: realizada após dois meses do acontecimento cardiovascular, que não há necessidade de intensa monitoração, pode ser realizada fora do ambiente hospitalar. O objetivo desta fase é evitar a evolução a da patologia e aparecimento de novos casos; Fase IV: o paciente deve receber prescrição externa, ou seja, um programa de treinamento e orientações, feitas por uma equipe multiprofissional, com avaliações semestrais e atualização da prescrição do treino.
Dentro dos programas de reabilitação cardíaca deverão conter um protocolo de treinamento para as fases finas da reabilitação, segundo Pitanga (2004):
-Alongamento; Trabalho aeróbico (controle da pressão arterial e freqüência cardíaca); Trabalho neuro-muscular; Volta à calma; Acompanhamento nutricional se obeso; Mapeamento da FC durante o exercício no mínimo uma vez no mês; Observar o tipo de medicamentos em uso pelo paciente; Utilização da escala de BORG para controle da FC e percepção de esforço; Uso de beta-bloqueador.
Podemos utilizar o método da verificação da freqüência cardíaca como um controlador da intensidade do exercício. Verificando esta antes, durante e após as atividades. Para a maior parte dos pacientes cardíacos destreinados, o limiar de intensidade para o treinamento do exercício provavelmente fica entre 40% a 60% do VO2 máx., entretanto, as evidências sugerem que ele aumente na razão direta do VO2 máx. do pré treinamento ou do nível de atividade física habitual. (FARDY, 2001).
Nenhum comentário:
Postar um comentário