quarta-feira, 28 de setembro de 2011

REABILITAÇÃO CARDIACA

A reabilitação cardíaca (RC) pode ser definida como uma soma de intervenções que asseguram a melhora das condições físicas, psicológicas e sociais daqueles pacientes com doenças cardiovasculares pós-aguda e crônica, podendo, por seus próprios esforços, preservar e recuperar suas funções na sociedade e, através de um comportamento saudável, minimizar ou reverter a progressão da doença. (RICARDO & ARAÚJO, 2006).
Sendo assim, os objetivos da RC são atenuar os efeitos deletérios decorrentes de um evento cardíaco, prevenir um subseqüente reinfarto e re-hospitalização, redução de custos com a saúde, atuar sobre os fatores de risco modificáveis associados às doenças cardiovasculares, melhorar a qualidade de vida destes pacientes e reduzir as taxas de mortalidade. (RICARDO & ARAÚJO, 2006).
A RC é indicada para pacientes que receberam um diagnóstico de infarto agudo do miocárdio ou foram submetidos à revascularização miocárdica ou transplante cardíaco e, ainda, para aqueles com angina crônica estável e insuficiência cardíaca crônica. (RICARDO & ARAÚJO, 2006).
A RC é uma intervenção complexa que pode envolver diversas terapias, incluindo aconselhamento nutricional, acompanhamento psicológico, orientação quanto aos fatores de risco e à administração de drogas. Contudo, grande parte do sucesso dos programas de RC é devida à terapia baseada no exercício físico, sendo esta considerada a estratégia central destes programas. (RICARDO & ARAÚJO, 2006).
Exercício Físico é definido como uma das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento da aptidão física, de habilidade motoras ou a reabilitação orgânico-funcional. (NAHAS, 2003).
A importância da atividade física na melhoria da qualidade de vida e no controle da obesidade tem sido muito divulgada. Por essa razão, freqüentemente os profissionais da saúde têm afirmado que uma vida saudável deveria equilibrar uma alimentação balanceada, uma vida familiar e social prazerosa e prática regular de atividade física. (NUNOMURA, TEIXEIRA E CARUSO, 1999).
A atividade física tem demonstrado ter grande importância na reabilitação pós-transplante cardíaco, melhorando a capacidade ao exercício, facilitando assim o retorno às atividades diárias após longo período de descondicionamento pré e pós-transplante e diminuindo algumas complicações mais freqüentes, como: hipertensão, obesidade, alteração corporal, redução da libido, osteoporose, ansiedade, depressão, euforia e menor capacidade física. (MARCONI & MARZORATI, 2003).
A saúde pode ser definida como um estado de bem-estar geral, incluindo os aspectos físicos, psicológicos, emocionais, espirituais, sociais e ambientais. Para a avaliação da saúde, deve-se levar em consideração o status de aptidão relacionada à saúde, absenteísmo, produtividade e uso de todas as formas de serviços médicos inclusive o uso de drogas prescritas e não prescritas. (BOUCHARD, 1990).

Nahas (2003) define aptidão física, como a capacidade de realizar atividades físicas com um nível de rendimento satisfatório. Ou seja, desenvolver suas tarefas diárias no melhor de suas capacidades, resistir bem ao estresse, recuperar-se satisfatoriamente do cansaço diário, persistir em circunstâncias onde uma pessoa destreinada desistiria, não se fatigar facilmente com esforços diários e ainda ter energia para ocupar-se de atividades de lazer.
A aptidão física relacionada à saúde refere-se aos componentes de aptidão física que estão associados com a promoção da saúde ou a prevenção de doenças, com melhor desempenho nas atividades diárias e/ou esportes. (WINNICK & SHORT, 2001).
            Segundo Nahas (2003), os componentes da aptidão física relacionada a saúde são: força e resistência muscular, flexibilidade, resistência aeróbica, composição corporal, agilidade, equilíbrio, velocidade e resistência anaeróbica.
Quando se trata dos benefícios dos exercícios regulares, geralmente se dá mais ênfase ao aumento do condicionamento cardiorrespiratório do que ao potencial de melhora de saúde e de prevenção de doenças. Entretanto, os exercícios de intensidade moderada podem trazer muitos benefícios à saúde: melhora da densidade óssea, tolerância a glicose, diminuição dos fatores de risco (obesidade, hipertensão, diabetes), redução da taxa de mortalidade por problemas cardiovasculares. (FARDY, 2001).
O exercício físico reduz o risco de cardiopatia coronariana: reduz a quantidade de gordura no sangue; fortalece o músculo cardíaco; desenvolve a circulação colateral; e reduz o estresse emocional. (ALLSEN, HARRISON & VANCE, 2001).   SEGUE O TEXTO ...

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